O culto é uma comovente experiência humana. Quando existe ordem e harmonia entre as partes componentes, a liturgia passa ter significado. Na visão de Isaías (Is 6: 1 a 8), encontram-se os princípios bíblicos desta experiência, que tem como objetivo:
Verso 1: Contemplar ao Senhor.
Verso 2: Reverenciar o Seu nome.
Verso 3: Reconhecer a identidade, a essência e a natureza trinária de Deus.
Verso 4: Ser perdoado e aceitar a provisão da graça divina, por intermédio de Cristo.
Verso 5-7: Oportunidade para orar por confissão, intercessão e consagração.
Verso 8: Ouvir a voz do Senhor e responder o Seu chamado.
A compreensão bíblica da liturgia acentua o senso de reverência por parte dos adoradores. E, quando os líderes se esmeram no planejamento, delegando com responsabilidade, sendo consagrados, a igreja se torna viva, saudável e ativa na evangelização.
Embora não esteja em uma ordem rigidamente estabelecida, a rotina litúrgica abaixo é apresentada com comentários, a luz do contexto de Isaías, onde toda experiência de culto deve ser o homem se volvendo a Deus, e Ele respondendo ao homem.
• Entre a Escola Sabatina e o Culto de Adoração
a) Evitar o espaço ocioso. Organizar louvores e cânticos repletos de significados da fé cristã.
b) Combinar a entrada da plataforma com antecedência. Na sala pastoral, anciãos, diáconos
e líderes oram e repassam detalhes, que já foram combinados anteriormente.
• Comunicação Pastoral
a) Toda informação à igreja deve ser dada de forma objetiva, prática e solene. Os
adoradores vieram buscar a bênção do perdão e o conforto da Palavra de Deus.
b) Tudo o que for irrelevante, deve ser eliminado no momento do culto. Por isso, murais e
boletins são instrumentos que ajudam na construção da atmosfera de adoração.
• Entrada da Plataforma
a) A decência e a organização são as regras áureas para este sublime ato da liturgia. Todos
devem ter o senso de que estão na presença de Deus.
b) Os gestos devem ser comedidos, assim, como acertos de “última” hora, diante do
público.
c) Como resposta, a congregação se levanta, canta e invoca a permanência do Espírito
Santo.
• Doxologia e Invocação
a) É o momento em que a congregação explode em louvor e reconhecimento pelas bênçãos
recebidas. Os hinos cantados nesta hora devem sempre exaltar os atributos divinos.
b) A plataforma, depois de um momento de oração, se levanta e se une em louvor e
adoração. A congregação em pé, reunida, representa a unidade da Igreja, a união do
povo de Deus em propósito, fé e esperança..
c) Na invocação, ora-se pelas ofertas, dízimos e oferendas de sacrifício preparadas pelos
adoradores. Portanto, não é uma oração geral, súplica ou intercessão.
• Hino de Louvor
a) Ao escolher, verifique se o hino afirma Vida, se magnífica a Trindade e se é teocêntrico.
Um bom hino é amplo, solene, inexiste pronome pessoal em seu texto, e se dirige a
Deus, o Ser imarcescível.
b) Hinos são escadas pelas quais os santos de todos os tempos, ascendem à presença de
Deus. São canais de bênçãos e oportunidades em que os anjos, se unem aos homens para
louvar o Deus Criador.
• Oração Pastoral
a) Esta oração deve ser realmente pastoral, ter cunho eminentemente sacerdotal e abranger
as necessidades da congregação. Por isso, aquele que ora, deve se preparar com
antecedência para este ministério.
b) São quatro as dimensões importantes: exaltação, confissão, intercessão e unção do
Espírito Santo.
• Sermão
a) É quando a Palavra de Deus se abre que o culto atinge a sua culminância. Nesta hora
não há fundo musical, recortes de jornais ou qualquer outro material, que não seja a
Bíblia, falando por meio do pregador.
b) O pregador deve tornar o “sermão” espiritualmente apetitoso. Primeiro, ele se serve do
“pão vivo”, com oração e perseverante preparo; depois, com ajuda do Espírito Santo, ele
compartilha os benefícios da comunhão.
• Hino de Dedicação
a) Neste momento a congregação responde ao apelo do Espírito de Deus. Aceita a provisão
de graça, através de Cristo, e canta louvores: “Que Segurança Sou de Jesus, Eu já
desfruto gozo na luz”, é um exemplo.
• Bênção
a) A bênção deve ser realmente uma bênção. A bênção deve ser breve e inspiradora. Os
adoradores precisam voltar para casa com os corações cheios de gratidão. Bênção maior
é quando homens e mulheres saem com o desejo de testemunhar e ser iguais a Cristo.
Todas as músicas a ser cantadas ou tocadas, neste contexto de louvor e adoração, devem ser também uma bênção!
Jael Eneas, Diretor do Ministério de Música da União Este Brasileira.
Síntese. I Fórum de Música, Lavras, MG.
2006
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