Alguma coisa me incomodava na primeira faixa do último CD do Robson Fonseca. A música, de autoria do próprio, tinha no coro a seguinte frase:
"Meu prazer está em ver meu povo se arrepender". Só depois de algum tempo matutando na razão desse meu incômodo foi que descobri que o problema não estava com a música. Estava comigo.
Arrependimento está no centro da pregação dos discípulos de Jesus em Atos (2:38, 8:22 e 17:30) e na pregação de João Batista (Mateus 3:2). Pedro reforça a ênfase em II Pedro 3:9 e o tema é repetido algumas vezes no Apocalipse (2:5, 21; 3:19). Em todos esses textos e outros tantos,
arrependimento é posicionado como uma condição sine qua non para a
salvação. Logo, é óbvio que um Deus explodindo de amor e profundamente
interessado na salvação dos homens tenha prazer em vê-los arrependerem-se.
O problema estava, pois, comigo, porque me deixei influenciar pela
retórica subliminar da cultura de nosso tempo, que odeia o arrependimento.
Arrependimento é uma daquelas coisas que foram proscritas do meio secular
porque está atrelada a um sentimento de culpa que teria sido inoculado
artificialmente no inconsciente coletivo pela religião. O único arrependimento que é enaltecido pela nossa cultura é uma espécie negativa de arrependimento, o arrependimento daquilo que se deixou de fazer, o arrependimento por não se haver "vivido".
A Bíblia não enfatiza, sublinha, negrita e coloca setas em neon piscante sobre um assunto à toa. Mas o que é arrependimento? Ele não pode ser a lamentação pela conseqüência ruim de um ato que eu vou ter que sofrer, não se trata de um sentimento assim egoísta. O genuíno arrependimento é uma profunda tristeza por haver ferido alguém que lhe ama. Nunca esqueci o dia em que minha mãe ia saindo de casa e me pediu um beijo de tchau. Ela estava longe, eu fiquei com preguiça e ela foi embora sem meu beijo. Vi a tristeza no seu olhar ao se virar e então saí correndo e afundei meu rosto no travesseiro chorando feito louco. Com seis anos de idade fuiapresentado ao arrependimento.
O arrependimento genuíno é quando você percebe que seus atos, frutos da
distância que tem mantido de Deus, Lhe causam dor, afundam um pouco mais aqueles cravos em Suas mãos, desferem algumas chibatadas mais em Suas costas. Porque você feriu alguém que o ama mais que tudo. E esse sentimento é imprescindível. A boa notícia é que ele é sobrenatural, você não o produz sozinho e, por isso mesmo, é um presente de Deus (Atos 5:31).
Basta pedir pra ter.
"Meu prazer está em ver meu povo se arrepender". Só depois de algum tempo matutando na razão desse meu incômodo foi que descobri que o problema não estava com a música. Estava comigo.
Arrependimento está no centro da pregação dos discípulos de Jesus em Atos (2:38, 8:22 e 17:30) e na pregação de João Batista (Mateus 3:2). Pedro reforça a ênfase em II Pedro 3:9 e o tema é repetido algumas vezes no Apocalipse (2:5, 21; 3:19). Em todos esses textos e outros tantos,
arrependimento é posicionado como uma condição sine qua non para a
salvação. Logo, é óbvio que um Deus explodindo de amor e profundamente
interessado na salvação dos homens tenha prazer em vê-los arrependerem-se.
O problema estava, pois, comigo, porque me deixei influenciar pela
retórica subliminar da cultura de nosso tempo, que odeia o arrependimento.
Arrependimento é uma daquelas coisas que foram proscritas do meio secular
porque está atrelada a um sentimento de culpa que teria sido inoculado
artificialmente no inconsciente coletivo pela religião. O único arrependimento que é enaltecido pela nossa cultura é uma espécie negativa de arrependimento, o arrependimento daquilo que se deixou de fazer, o arrependimento por não se haver "vivido".
A Bíblia não enfatiza, sublinha, negrita e coloca setas em neon piscante sobre um assunto à toa. Mas o que é arrependimento? Ele não pode ser a lamentação pela conseqüência ruim de um ato que eu vou ter que sofrer, não se trata de um sentimento assim egoísta. O genuíno arrependimento é uma profunda tristeza por haver ferido alguém que lhe ama. Nunca esqueci o dia em que minha mãe ia saindo de casa e me pediu um beijo de tchau. Ela estava longe, eu fiquei com preguiça e ela foi embora sem meu beijo. Vi a tristeza no seu olhar ao se virar e então saí correndo e afundei meu rosto no travesseiro chorando feito louco. Com seis anos de idade fuiapresentado ao arrependimento.
O arrependimento genuíno é quando você percebe que seus atos, frutos da
distância que tem mantido de Deus, Lhe causam dor, afundam um pouco mais aqueles cravos em Suas mãos, desferem algumas chibatadas mais em Suas costas. Porque você feriu alguém que o ama mais que tudo. E esse sentimento é imprescindível. A boa notícia é que ele é sobrenatural, você não o produz sozinho e, por isso mesmo, é um presente de Deus (Atos 5:31).
Basta pedir pra ter.
Marco Aurelio Brasil Lima
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